terça-feira, 1 de maio de 2012

JO-HA-KYU



 JO-HA-KYU

 

Para fundamentação da produção de Maria Peregrina "Luís Alberto de Abreu", o grupo Os Marias, teve acesso a alguns conceitos do Teatro NÔ.











Um trem em movimento, o cair de chuva, o dia, a semente, o sexo, um gesto, a vida.
Em comum, o início, desenvolvimento, aceleração e resolução.
Uma progressão orgãnica existente em todos os ciclos da natureza.
Citando, sem ordem, Anne Bogart:

JO- A fase inicial, quando a força é colocada em movimento como se vencesse uma resistência.
HA- A fase de transição, ruptura da resitência, aumento do movimento
KYU- A fase rápida, um crescendo sem rédeas, parando de modo súbito

JO-Introdução
HA-Exposição
KYU-Resolução

JO-Resistência
HA-Ruptura
KYU-Aceleração

JO-Começar suavemente
HA-Desenvolver dramaticamente
KYU-Terminar rapidamente

Toda peça tem jo ha kyu. Toda cena tem jo ha kyu. Toda interação tem jo ha kyu. Toda ação tem jo ha kyu. Toda gesto tem jo ha kyu.
O conceito de Jo Ha Kyu aparece em Zeami, mestre do Noh.
Exercício muito simples que descreve em seu livro "O Ator Invisível". 

"Numa roda, fechem os olhos, e comecem a bater palmas ao mesmo tempo, juntos, tentando chegar a um ritmo comum. E veja o que acontece..."

Importante, não querer conduzir, não ser cabeção, e ter rigor em tentar bater palmas ao mesmo tempo. Deixe as palmas ACONTECEREM... Fizemos recente no ensaio e foi incrível. Mas já fiz com bailarinos que queriam "controlar" o tempo. Não rola.
Depois desse exercício, fica fácil trabalhar a gradação da ação, com uns exercícios do Lecoq.




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