COELHOS CONTADORES DE HISTÓRIAS?
A CIA. CONTADORES DE
HISTÓRIAS
“SERES DA
MALA” RECEBEU VISITAS PRA LÁ
DE FOFAS NESTA VÉSPERA DE PÁSCOA, E...
VOCÊ É NOSSO CONVIDADO ESPECIAL !!!
VENHA OUVIR HISTÓRIAS E BRINCAR COM OS COELHOS MAIS
ALEGRES DESTA CIDADE!
DIVIRTA-SE E APROVEITE
AS GULOSEIMAS NO
BAZAR DA SOBREMESA!
SÁBADO,
DIA 07 DE ABRIL
NA PRAÇA CENTRAL – DAS
10h00 ÀS 12h00.
CIA. DE TEATRO “OS MARIAS” |
terça-feira, 20 de março de 2012
domingo, 4 de março de 2012
No dia 03/03/12 o Projeto Ademar Guerra convocou representantes dos grupos selecionados para a 2ª fase classificatória, para um encontro preparatório para as iniciativas da PRODUÇÃO TEATRAL NO INTERIOR - 2012, com coordenação geral de Aldo Valentim e curadoria artística de Sérgio Ferrara e demais profissionais da equipe técnica.
Estiveram presentes Maria Cândida Figueira e Almir Rogério, onde participaram ativamente das palestras que envolviam os objetivos e ações para este ano.
Uma novidade, é que cerca de 20 grupos, foram acentuadamente selecionados para circulação de trabalhos apresentados em novembro de 2011, em amostras elaboradas pelo Projeto para este ano.
A iniciativa é fundamentada pela qualidade destaque que cada grupo demostrou em auto grau de aproveitamento, diálogo com o público e um bom acabamento artístico.
Entre os municípios estão: Batatais, Birigui, Campinas , Ibirá, Jaú, Lençóis Paulistas, Pirassununga, Presidente Prudente, entre outras ... que serão respaldados através de ações culturais promovidas pelo próprio Projeto.
Os membros do grupo OS MARIAS, sentiram-se privilegiados em meio tantos outros trabalhos, ser um dos que compunham essa responsabilidade cultural.
Sérgio Ferrara
Conheça mais sobre o Projeto: http://oficinasculturais.org.br/projeto-ademar/
RAZÕES BUSCADAS PELOS INTEGRANTES PARA ESTA SELEÇÃO:
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
“Um estudo para Maria Peregrina”
Domingo: um dia que ficou marcado pelas apresentações teatrais
A intensidade da programação deixava claro que o domingo seria um dia atípico. Seria preciso mais que gostar de um bom espetáculo. Foi preciso, além do gostar, querer saber o que o Projeto Ademar Guerra trazia, o que os grupos tinham preparado e o que os diferenciava de Garça. Sim não deu para escapar desse pensamento já que a cidade que estava recebendo tantos atores e uma equipe do Projeto Ademar Guerra não tinha representantes em cena. Garça, a cidade que vem se diferenciado pela magnânima Sala Miguel Mônico que tanto encantamento tem provocado naqueles que lá se apresentam; a cidade que tem uma Escola Municipal de Cultura Artística; a cidade que já teve muitos representantes na arte cênica e que desenvolve o projeto de levar teatro para a zona rural não tinha um grupo que a representasse quer seja no palco da Sala Miguel Mônico, quer fosse no Espaço Cenografia. Garça, enquanto grupo de teatro, não participou do Projeto Ademar Guerra. A cidade que tem estrutura para realizar um encontro internacional de teatro, não teve sequer um grupo teatral que pudesse fazer parte do Projeto Ademar Guerra. Mas isso foi apenas um aparte – divagações de quem ainda não entendeu essa distonia - , já que é preciso voltar ao domingo, dia 6 de novembro. Um dia marcado por apresentações teatrais em Garça.
“Um estudo para Maria Peregrina”
E o show começou com o Grupo Os Marias de Pirassununga
A música já mostrava um pouco do que seria a apresentação e as roupas mostravam o regionalismo que muitas vezes vemos apenas como folclore. No café feito no fogão a lenha, na crítica as escolhas por aqueles que nos representam, fomos apresentados a Maria Peregrina. “E o tempo desfaz toda solidez. E o que o tempo desfaz a memória refaz. E o que a memória refaz, o tempo desfaz”. Em cena a trupe contava história, de forma suave e ao mesmo tempo intensa. Séria e cômica. Elegante e simples. E a música também era um personagem. E chegamos a história do homem que saiu para esquecer o amor, e que sempre procura razão para o que faz – embora nem sempre ache -. O amor que não se explicou e que foi a justificativa. O amor renúncia, o amor crime, o amor morte, o amor fatalidade. Tivemos em cena três mulheres que eram apenas uma. Tivemos o sagrado e o profano. Tivemos a percussão e a flauta que como disse a atriz Cris Naga, foi a força e a leveza ali simbolizadas. De Luís Alberto de Abreu, o texto apresentou três histórias distintas da santa popular Maria Peregrina. Conhecida como Nega do Saco ou Maria do Saco, ela viveu mais de 20 anos nas ruas de São José dos Campos. Após a sua morte, passou a ser considerada uma santa popular, integrando o universo folclórico do Vale do Paraíba. No início da peça, Maria Peregrina surge sem memória e é auxiliada por um romeiro a relembrar fatos de sua vida. A partir de suas divagações, surgem diversas hipóteses sobre seu passado. São evocadas três diferentes histórias: uma de paixão, outra cômica e uma terceira, que recria um texto do teatro Nô. A busca pela identidade é o fio condutor da peça, que aponta um problema vivido nas grandes cidades. “Todos do interior tem a sua Maria Peregrina”, falou Sérgio Ferrara, durante o singular momento em que grupo, público e equipe do Projeto Ademar Guerra discutiam a apresentação. Foi, em todos os momentos, um tempo de crescimento. “Nós buscamos refazer a folia e vimos que descobrir o Brasil é uma lenda. Maria Peregrina existiu de fato e tinha algumas visões. O que ela falava acontecia. Vivia na rua, dormia realmente debaixo de uma árvore e a morte dela nunca foi explicada. Mas quem é que ia se importar com a morte de uma mulher que vivia na rua, ainda mais negra?”, colocou Cris Naga que além de atriz foi a regente do grupo e teve todo empenho no processo de pesquisa. “Foi muito bom o trabalho apresentado. A pesquisa e a narrativa estavam inseridas no espetáculo como uma ligação. Vi na representação do Almir (um dos atores) o caipira, o Mazzaropi, Oscarito, Grande Otelo. Foi maravilhoso”, colocou Ferrara. E o curador do Projeto Ademar Guerra parece que teve uma incumbência a mais em todo esse processo. Teve a incumbência, com suas discussões, de suscitar no público o desejo de saber mais. Segundo ele, os bastões que o grupo utilizou durante a apresentação deram uma conotação dionisíaca, “meio que Evoé” ao espetáculo. E em mais uma de suas frases Ferrara coloca que “quando a gente vai fundo na nossa cultura, descobre a cultura do mundo todo”. “Para mim esta sendo uma surpresa muito gostosa. A apresentação foi linda, a expressão corporal do grupo, a maquiagem, o todo. O senhor sentado ao meu lado, cantou com vocês. Ele conhecia a música. As pessoas se sentiram envolvidas com o ensaio”, ressaltou ele. Que em nenhum momento fique entendido que todos os presentes concordavam com o que diziam o curador, ou o consultor ou o coordenador. Todos prestavam atenção, aprendiam e passavam a observar os fatos apontados. Leigos aprendendo – sob o olhar de Ferrara, Araújo e Valentim – a perceber diferenças no palco, a ponderar sob outros aspectos. Por vezes, aquilo que nós leigos achávamos ruim, Ferrara derrubava na sua discussão. Tinha para ele, sido o máximo. Diferenças que foram gostosas de serem apontadas, de se chocarem. Tudo aprendizado. E depois da roda de discussão foi o momento para os flashes.
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